Após atuação do MPF, Hospital de Lagarto (SE) regulariza serviço de anestesiologia
20/10/2022 15:57 em Últimas Notícias

Os médicos vão atuar no centro cirúrgico e no serviço de apoio diagnóstico e terapêutico

 

A Superintendência do Hospital Universitário de Lagarto (HUL) informou ao Ministério Público Federal (MPF) a assinatura de contrato com empresa especializada na prestação de serviços médicos de anestesiologia para atuar no centro cirúrgico e no apoio diagnóstico e terapêutico. Com o novo contrato, o primeiro plantonista já começou as atividades no hospital na segunda-feira, 17 de outubro.

Desde julho deste ano, após a procuradora da República Aldirla Albuquerque inspecionar o hospital, tem ocorrido uma série de reuniões no MPF para buscar soluções para a unidade de saúde. Extrajudicialmente, o MPF reuniu representantes do HUL, das secretarias de saúde do estado e do município de Lagarto, da Cremese, do Coren para discutir e cobrar providências efetivas a fim de melhorar as condições de atendimento no HUL.

A falta de pessoal e a consequente superlotação é o grande problema da unidade de saúde. “Para amenizar a situação, como fruto dessas reuniões, o MPF conseguiu articular a contratação de 50 novos profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, que já estão atuando no Hospital de Lagarto”, explica a procuradora.

Para Aldirla Albuquerque, a ausência de serviço público de atendimento 24 horas ou de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no município de Lagarto tem gerado superlotação no HUL. “Os atendimentos de baixa complexidade são de atribuição dos municípios. Segundo portaria do Ministério da Saúde, municípios com mais de 90 mil habitantes devem contar com uma UPA, mas não é o que se observa em Lagarto. A cidade tem mais de 100 mil habitantes e para atendimentos de baixa complexidade, a população tem se deslocado ao HUL, por ser a única alternativa no local”, explica.

“Estamos em tratativas com o município de Lagarto porque verificamos que a sobrecarga do Hospital Universitário tem origem na omissão do município em disponibilizar o atendimento primário, que é de sua responsabilidade”, finaliza a procuradora.

Por: Ascom - MPF/SE

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